Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

quarta-feira, maio 10, 2006

O instinto que preserva a espécie...
que nos faz reagir, lutar, sobreviver...
enquanto atolados na teia genetica dos antecessores mortais...
imortalizados pelos nossos gestos, palavras e acções...
como almas esquecidas do perene...
próximas do longínquo e daqueles céus virtuais, que se erguem na mente dos poderosos...
aquecidos pela fricção sexual dos corpetes intelectuais...
parindo e decepando estátuas ornamentais...
tais são os tristes homens, agrilhoados em corpos fúteis...
similares a cascas secas, que latejam em desespero pela libertação da mariposa...
cujas batidas das asas soltas, acumulam luz...verdade...e crueldade, no processo de ausentação deliberada do sentimento puro...
impuro na sua majestosidade...
e as suas batidas das asas soltas são como chicotes, que martirizam a intenção em detrimento da forma...
e reagem, lutam e sobrevivem para que a espécie preserve o instinto...

quinta-feira, maio 04, 2006

a velha enrola a sua vida na roca de nome memoria...
sentada na cadeira de balouço, embala a paciencia...
viuva da felicidade...vestida de eterna escuridao...

a velha, que perdoa os outros e a si mesma pelas decisões de si e dos outros,
perde o calor da palavra...
e a sensibilidade esvai-se entre as rugas moldadas em lagrimas...
como rochas que servem de esconderijo aos segredos...

a velha enrola pedaços de si, enquanto balouça na vida...
atenta à queda...atenta à morte...
o corpo diminuido pela vontade...
de costas vergadas pelo destino...
e de olhos cegos, mas de alma clarividente...

a velha que tanto amor poupou...e tristeza acumulou...
é consumida pelo esquecimento...enquanto a roca, de nome memoria, engorda...

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