Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Salvo erro...

Por amor do Superior que, omnipresentemente, está também no Inferior...
Por amor da verdade, salvo o erro com a bóia da passividade...
Por amor ao amor, desprimo a verdadeira realidade...

Por amor aos outros, abraço as palavras ocas...
Por amor à companhia, aceito as ideias vãs...
Por amor a ela, grito as disconexas rimas loucas...
Por amor aos loucos, imagino-os doutos de batinas sãs...

Por amor à vida, recuso-me a pronunciar morte...
Por amor aos mortos, deixo-os viver para além da vida...
Por amor à memória, esqueço-me dos momentos de má sorte...
Por amor ao destino, entrego a minha mão para ser lida...

Por amor à escrita, ignoro os sentimentos puros...
Por amor à ignorância, salvo eu, este erro da filosofia...
Por amor à sanidade, ergo finalmente barreiras e muros...
Por amor a mim, não posso deixar de escrever a minha poesia...

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

A raiva contida constrói dois mundos e um outro, que giram sobre um sentimento apaziguador, que inspira a paz utópica de uma tartaruga mítica, que suporta uma galáxia...
E uma emissão de alegria contagia os 100 anos luz que distinguem as cores de dois quartos incomuns, num sistema universal...mas a frequência oscila entre as ondas do mar revolto, que procura a destruição contra as rochas da terra do velho Lavoisier...e perde-se no fumo da comunicação, que se recicla em intermináveis chuvas de esperança, que alimentam as folhas dos livros que o rapaz, algures no cosmos ainda aceso, lê...
E lê sobre vermes intemporais que engolem a memória e o esquecimento, e lê sobre heróis que superam o espaço e o tempo, sobre estrelas que viajam e partilham o tempo...E sobre o que o rodeia, romantizado pelo mítico substantivo de nome 'mentira'...que se ergue primeiro do que a palavra, e antes do verbo...que surge sem bater à porta da humanidade...que invade o nosso espaço e tempo...e que faz com que o pequeno rapaz aprenda a odiar...e a sua raiva contida constrói dois mundos e um outro, que giram sobre um sentimento apaziguador, que inspira a paz utópica de uma tartaruga mítica, que suporta uma galáxia...

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