Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

terça-feira, julho 17, 2007

Cosi a minha alma com a tua...
pontos sem cruz, trilhando os pudores da entrega
sem o remorso do tabu...
vesti-te com a minha pele encharcada no teu fulgor...
insuflando pulmões de desejo e ruborizando a lividez de uma morte anunciada...
morro eu ou tu...
mas não a relação que aceso me manteve...
Cacei a nossa sobrevivência, na ilusão que a ilusão dos outros era...
real éramos nós...
num sonho sonhado em conjunto por almas cosidas a dois...

quinta-feira, julho 05, 2007

Estou aqui sentado partido em dois ou três ou...inteiro, mas em pé parti, e sempre sentado...
deslocado, colocado mal a palavra foi proferida...em mim...
sofri nesta pele branda o som anichado em dois dos ouvidos, que em stereo chafurdaram nas minhas entranhas...
a auto estrada de sensibilidade fez-me rural, isolando-me entre florestas embrutecidas...
que abracei para amar eternamente a sobrevivência...mesmo morto...e eternamente sentado...
Cacos são bocados, que colados formam o todo...Eu, caco já não sou, porque de mim se perdeu o todo...sou o ausente frémito do espectro de uma existência a quem chamam 'eu'...
quando 'eu' sou o 'tu' ou o 'ele' desalojo-me e procuro o 'outro'...ou assumo o 'ninguém', porque o nome é maior e assenta-me melhor...e digo e repito que do menos o mal e que do pouco, esquecido no muito, se forma novamente o todo...sentado, em pé...morto...vivo...tanto faz, desde que o 'eu' se perda no 'ninguém'...

Seguidores