Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

domingo, maio 15, 2005

Pegadas

piso as pegadas, que tu traças no solo, acreditando que seguindo-as, rumo à terra de nome felicidade...
Vejo pequenas flores brancas, que brotam em redor dos teus pés...pequenos pássaros verdes que, cantando, marcam o ritmo do nosso caminhar...
folhas, que se precipitam de bem alto, renunciando à longevidade, na ânsia de um vislumbre de ti, de um vislumbre de eterna cumplicidade...

Sigo-te na vontade, cego em amor, iluminado em esperança...
Na esperança que, um dia, o horizonte me presenteie a mesma visão que o meu sorriso adivinha...
E, antecipando o momento com a satisfação da resignação da marcha, respiro uma total confiança...

Os meus olhos fechados imaginam edificios erigidos sobre um coração firme, cidades em harmonia, cimentadas em sentimentos de paz e em sonhos pintados em telas tridimensionais...
E as tintas caleidoscópicas, que vão preenchendo as lacunas da incerteza, constroem as cores do nosso futuro...
Esboçam, através da luz do nosso mútuo sentimento, a casa da nossa relação...
Esboçam as janelas, as paredes e os sempre abertos portais...

Porque a felicidade alicerça-se na esperança, algures na terra da felicidade, pintada em cores de sonho e de eterno pensamento de um amanhã a dois...

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