A fracção de uma bala, numa fracção de segundo, derruba o combatente...
condenado a outro mundo...
A repetição de um disparo assume o espiral de cumplicidade de ódio...
enquanto o tempo calca a campa com pés de culpa...isento de respeito...
Semeando ervas daninhas e vestindo a morte de falsa esperança...
As lágrimas secam e encolhem olhos que nada vêem...
camuflando o remorso com a demissão do sentimento...
A pele rasga, a teia genética quebra, e a aranha da vida recusa-se pensar numa descendência perdida...
e o que cresce são flores de pétalas de morte...
pintadas de fogo e desenhadas em tinta de ódio...
cravadas de balas de má sorte...
E assim se esboçam gerações sobre cadáveres de memória...
cultivados por vingança e que sangram a nossa história...
Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...
quinta-feira, julho 20, 2006
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