Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

quinta-feira, julho 20, 2006

A fracção de uma bala, numa fracção de segundo, derruba o combatente...
condenado a outro mundo...
A repetição de um disparo assume o espiral de cumplicidade de ódio...
enquanto o tempo calca a campa com pés de culpa...isento de respeito...
Semeando ervas daninhas e vestindo a morte de falsa esperança...

As lágrimas secam e encolhem olhos que nada vêem...
camuflando o remorso com a demissão do sentimento...

A pele rasga, a teia genética quebra, e a aranha da vida recusa-se pensar numa descendência perdida...
e o que cresce são flores de pétalas de morte...
pintadas de fogo e desenhadas em tinta de ódio...
cravadas de balas de má sorte...

E assim se esboçam gerações sobre cadáveres de memória...
cultivados por vingança e que sangram a nossa história...

1 comentário:

Jonicas disse...

Olá Rick!

A guerra já acabou, pelo que dizem...
... por isso gostava de ler por aqui umas palavras com mais mais cor, para matar saudades da tua boa disposição!

Podem ser notícias do homem-da-gabardine-a-preto-e-branco... :)

Bjinhos

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