Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

sexta-feira, junho 30, 2006

as sementes caiadas do branco virginal...tais vestidos, coroas dos ritos mortais...
são ornamentos de gerações, duplicadas em processos infindáveis, que ostentam aquela felicidade...o substantivo definido segundo paradigmas, que estigmam o desatento do sentimento...

e as flores, que minguam, já sem a pureza das pétalas que abraçam o futuro, são armas que atingem o espelho...que se reverberam e distraem o pensamento, escutando o eco do vazio em gemidos sem dor...são o aperto de corações partidos, a herança adquirida...distorções visiveis nos cacos de corações apáticos...é a morte após a vida, sem ciclos de esperança...é a esperança dilacerada pelas experiências vividas...é o deixar de sentir a claridade de um sol que já não nasce...

e as gotas de água, que multiplicam a existência, são os enganos que, entre esgares de escárnio, mantêm as espécies...são os sons do silêncio em noites de orquestra, que embalam as gerações numa eterna inércia...são as incubadoras, cujos ovos nunca estalam...e são as lentes que aumentam distâncias infinitas entre o 'eu' e a vida...

1 comentário:

Anónimo disse...

"...e são as lentes que aumentam distâncias infinitas entre o 'eu' e a vida..." e é esta inércia que nos torna efémeros e superficiais. Gostei de te ler! Um abraaaaço

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