Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

quinta-feira, novembro 25, 2004

A derradeira lágrima percorre a face gélida de uma pele absorta em entender a morte...

Doi a vontade...doem audivelmente as pálpebras que se emaranham nas pestanas e que marcam com nós a escuridão face a este mundo...
A vontade de relatar imagens do intemporal passa em fracções de segundo e multiplica-se em combinações de intenções que desenham um céu de constelações aparentemente mudas...e as crianças contemplam-nas entre lentes...entre lentes, que destacam esse mesmo olho, que um dia...que um dia, de forma ciclica, revelam o quão perene a morte é...

E a lágrima precipita-se num chão devorador de carne...de um solo que ousa dominar o esquecimento, semeando aqui e ali as lacunas da memória...
Mas o céu, impondo a sua vontade, apela à lágrima para se eternizar e ser derramada continuamente em momentos de pranto e dor...e, relendo incessantemente as mesma histórias, espera que um dia, talvez, consiga ler as linhas de vida e de morte, em que essa mesma lágrima seja derramada em momentos de felicidade e amor...

Sem comentários:

Seguidores