Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

terça-feira, dezembro 26, 2006

Isto de sentir tem que se lhe diga...
Dá aroma à vida e odor à morte...
Transforma-me numa lebre que corre sem rumo,
Fugindo do rugir do inevitável...
Daquele que se esconde à porta...numa qualquer porta...
E eu, embrulhado no sonho que partilho contigo...
Num qualquer daltonismo expressivo...
Tento construir o puzzle do arco-iris, alinhando-o com o olfacto...

Isto de sentir cria fé no céptico...
Fazendo crer que à noite se edificam as reais vidas que o dia subverte...
e a almofada, que suaviza o pensamento,
adiando o ponto final de uma prosa de fim adiável,
é o cofre dos imundos mundos agrilhoados à manhã seguinte...
E eu, a lebre assustada, corro sobre palavras soltas...
sobre palavras que me devorarão no momento em que o sol morrer...

1 comentário:

Anónimo disse...

"isto de sentir cria fé no céptico"... bom mote para ilações... Parabéns pela coragem D(n)as Palavras.

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