Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

quinta-feira, setembro 09, 2004

Exibes-me lâminas de paladares ornamentadas em clichés literários de amores fáceis, enquanto esperas o tacto do meu respirar aceso.
Atentas ao bifurcar das linguas que beijas em longas conversações, mantendo sempre esse teu sorriso fresco desses olhos...desses teus olhos sempre expressivos e colados ao sentimento...

E as palavras, que expiras em ansiedades pouco contidas, condecoram os ombros musicais e suspiram quadros baços, entendidos com a distância da verdade...
E, já lá ao longe, com passo curto pelo laço que une o bem e o mal, cuspo olhares furtivos de lavas frias e secas...sem o calor da proximidade da memória...sem o calor da forma distinta, perdida algures entre traços desmaiados...

Em traços lavados em sentidos ensaguentados de corações expostos em lojas de relojoeiros perdidos em tempos livres...
E a tartaruga, que nos erguia em longas veredas pela humanização, sente o peso da desilusão...o mesmo peso que os ombros condecorados acariciam sem se reberverar, como era seu costume...
E esses mesmos ombros insistem em expelir sons de musicas ciclicas em modelos facilitados pelas conclusões ficticias...pelas conclusões de uma história que nunca mostrou a mesma coragem dos olhares perdidos na palma da memória...

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