Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Ambiente

Levantei-me.

Olhei em frente e, a custo, já que os meus olhos se recusavam a aceitar luz, consegui ver um enorme prado, com formas e cores incompletas, como se Deus, um dia, tivesse pegado nuns quantos lápis de cor e, a pensar que poucos humanos passassem por aquele espaço, tivesse apenas esboçado um cenário simples sem se preocupar com pormenores...
sem se preocupar com os detalhes normais com os quais nos habituámos...como os fios de erva que traçam o chão com a tinta do vento...como as rugas das árvores que contam as verdadeiras histórias aos nossos avôs...como a pequena espuma de água que lava o tapete de seixos...

aliás...depois da audácia de nos conceder subjectividade, melhor seria que nem tudo estivesse completo, para que pudessemos interpretar segundo a nossa maneira de ver a realidade, ou, ainda mais ousadamente, e porque não... conceder-nos a possibilidade de mudarmos o cenário conforme nos aprazasse...conforme a nossa imaginação nos estimulasse...

mas exagerámos e construimos destruição entre cenários idílicos que não podemos repor...ou poderíamos, se para isso houvesse motivação...

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