Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

quarta-feira, janeiro 14, 2004

Sonhos Partilhados

Os meus olhos tocam e acariciam a tua pele nua, macia e clara como nuvens espremidas...
passeio-me pelas formas que a luz, absorta na tua beleza, vai desenhando...
e, como artista, que utiliza como único modelo os sentimentos, aprecio a harmonia e procuro rupturas, mas a procura é a própria ruptura do olhar...
e então desisto, e contemplo a parede cinza da minha sala de estar e o que vejo és tu...ainda tu...a sorrir !!
e o retribuir desse sorriso sai-me de forma natural, mas sem peso, e então coro e choro e logo viro a face, com medo, mas sem motivo porque me pegas pelos braços com cordéis de palavras tecidas em sonhos, que ambos partilhámos...
e fazes-me mover e ter-te nos braços e, então, tudo o resto desaparece em triviais viagens para um espaço limitado em ideias, finito em espírito...porque o que sobra é o infinito de sonhos por nós partilhados...

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