Conduzido por sensações parei. Parei para pensar no que sentia. Senti que parei. Deixei de sentir...

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Arco-íris

Sombras pequenas de pedrinhas ainda mais pequenas. Páro e olho...e vejo-as moverem-se e escreverem letras no chão sem lhes tocarem....apenas com a tinta da sombra....tinta de ilusão.
Escrevem palavras quentes, e as folhas que acolhem de braços abertos tais palavras mudam de cor...e revestem-se do vestido do calor arregalando os olhos e, pela primeira vez, exprimem sentimentos com sons que atraiem o vento que dança com elas....
E as nuvens contemplam e, com a tristeza de nao poderem dançar também, e com a tristeza de não poderem receber tais palavras afectuosas das pedrinhas, derramam lágrimas....e o barulho de lágrimas e a tristeza patente pela cor das nuvens sufoca o arco-iris que, de forma paternalista, vem em seu auxilio, sem hesitar, demonstrando todas as suas cores luminosas de forma pura, distraindo-as e fazendo com que, como crianças, deixem de chorar...

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